As Alegrias pertencem à família das “Cantiñas”, nome genérico com o qual se denomina um grupo de gêneros do Flamenco originários da província de Cádiz.
Se diz que as Alegrias são o gênero flamenco que mais fortemente define a forma de sentir da província de Cadiz. Como diz seu nome, elas constituem um cante alegre e forte, tendo representado durante o século XIX a função de cante de festa, que seria durante o século XX ocupado pelos Tangos e, principalmente, pelas Bulerias.
Ainda que sendo um cante de festa, uma exteriorização da alegria interior de maneira profunda e completa, as Alegrias apresentam em si um elemento mais profundo, oculto entre seus compassos mas claramente perceptível nas interpretações dos grandes cantaores. Este toque de sofrimento e tristeza, jogado a segundo plano pela explosão da alma que se recusa a ser triste poderia ser definido como a alegria de quem conhece a dor, por isto mesmo muito mais forte e profunda.
Do ponto de vista estritamente musical, podemos acrescentar que as Alegrias são construídas sobre compassos compostos de 12 tempos, típicos de muitos bailes flamencos, cuja configuração mais usual (ainda que não seja a única) apresenta tempos fortes em 2-3-6-8-10. Utilizam tons maiores e tem uma composição harmônica tradicional bastante conhecida, quem vem sendo renovada pelos artistas flamencos contemporâneos com a adição de variações sobre acordes menores.
Fonte: www,centrodearteflamenca.com.br
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