Destinado a
divulgação dos
meus trabalhos
e informações
sobre a cultura
flamenca.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
domingo, 27 de janeiro de 2013
Palos Flamencos - Guajiras
A Guajira é uma versão flamenca de um ritmo cubano de mesmo nome, fazendo parte dos cantes conhecidos como “cantes de ida y vuelta”, sendo entre esses, um dos de maior difusão. Dizem que foram trazidas para a Espanha no século XVI, por soldados espanhóis que voltavam da conquista. Uma boa parte dos seus versos trata de Cuba e dos cubanos, geralmente de uma forma superficial.
Também conhecidas como um cante de ida y vuelta, as Guajiras se originaram a partir de um gênero cubano denominado “punto”, ou “Punto de La Habana”, como era chamada na Espanha. O “aflamencamento” desses elementos cubanos acabaram por cristalizar, a meados do século XIX, num tipo de composição musical que se passou a chamar de Guajira.
Seu compasso é de 12 tempos, cujo padrão segue a seguinte acentuação:
12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
O baile é de caráter feminino, repleto de paseíllos, vueltas, marcajes,acompanhados muitas vezes por abanicos (leques) ou mantón (xale).
Palos Flamencos: Tangos
. Muita gente confunde este palo com o famoso tango argentino, porém, no flamenco, os tangos possuem uma característica própria e são bastante populares. Trata-se de um palo originário do chamado “tango americano”, ritmo proveniente de Cuba e que possui forte influência dos ritmos africanos.
Os tangos chegaram à Andaluzia em meados do século XIX. Do ritmo americano original se originaram os tangos de Cadiz (depois Tanguillos) e os tangos americanos que incorporaram elementos flamencos e deram origem aos Tangos flamencos, como hoje são conhecidos.
Os tangos chegaram à Andaluzia em meados do século XIX. Do ritmo americano original se originaram os tangos de Cadiz (depois Tanguillos) e os tangos americanos que incorporaram elementos flamencos e deram origem aos Tangos flamencos, como hoje são conhecidos.
Com compasso quaternário, os tangos são vivazes, cheios de energia e combinam muito bem com ambientes festivos e gitanos. Seu baile é bem marcado, com bastante uso das cadeiras, braços, palmas e saias. Impossível alguém ficar parado ao escutar este palo tão empolgante!
Sua marcação segue o padrão 1 2 3 4.
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Flamenco se torna Patrimônio da Humanidade
A Unesco reconhece o flamenco
como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade – Os artistas acreditam
que a declaração da instituição concede ao flamenco um "selo de
dignidade"
Desde ontem, o flamenco é Patrimônio
da Humanidade. A Unesco decidiu, na assembleia de Nairobi (Kenia), que o
flamenco, modalidade artística andaluza por excelência, se torne
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.Outras quatro manifestações
culturais espanholas se uniram à arte jonda para receber esta aprovação
da Unesco. São elas: os castells catalães, o canto da Sibila de Maiorca,
a dieta mediterrânea e a cetraria.
A candidatura da arte jonda tem mobilizado milhares de pessoas nos últimos tempos, desejosas de que o flamenco ingresse em um lista que fortaleça sua projeção universal. Instituições públicas e privadas, peñas flamencas, artistas e aficionados se uniram em uma causa que ontem revelou ter dado fruto. Antes da decisão, ainda pairava no ar certo desapontamento porque há cinco anos o flamenco quase foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, mas não foi. Desta vez, a organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura deu uma resposta positiva à candidatura da arte jonda, na reunião da comissão do Patrimônio Imaterial da Humanidade celebrada em Nairobi.
A vitória do flamenco despertou a simpatia e provocou aplausos nas delegações de outros países. O conselheiro de Cultura, Paulino Plata, que compareceu em Nairobi, mostrou toda a sua satisfação "não apenas pela declaração, mas também pela maneira como se realizou. Após a declaração de reconhecimento do flamenco, delegados de muitos países vieram nos felicitar. Eram delegados do Paraguai, México, Japão, Brasil, Coréia do Sul, Portugal, Indonesia...", rememorou Plata.
A candidatura do flamenco foi promovida pelos Governos autonômicos da Andaluzia, Extremadura e Múrcia. O presidente da Junta da Andaluzia, José Antonio Griñán, assinalou que seu Governo "lutou por este reconhecimento", pois acredita "nos grandes valores que emanam do flamenco. A multiculturalidade, a tolerância, a transmissão de geração para geração, o reconhecimento da tradição e o respeito pelas minorias estão patentes de forma exemplar nas músicas, letras e nas coreografias desta nossa arte", expôs Griñán. Ele anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar a inclusão do flamenco no sistema educativo andaluz.
por SANTIAGO BELAUSTEGUIGOITIA - Sevilla - 17/11/2010
A candidatura da arte jonda tem mobilizado milhares de pessoas nos últimos tempos, desejosas de que o flamenco ingresse em um lista que fortaleça sua projeção universal. Instituições públicas e privadas, peñas flamencas, artistas e aficionados se uniram em uma causa que ontem revelou ter dado fruto. Antes da decisão, ainda pairava no ar certo desapontamento porque há cinco anos o flamenco quase foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, mas não foi. Desta vez, a organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura deu uma resposta positiva à candidatura da arte jonda, na reunião da comissão do Patrimônio Imaterial da Humanidade celebrada em Nairobi.
A vitória do flamenco despertou a simpatia e provocou aplausos nas delegações de outros países. O conselheiro de Cultura, Paulino Plata, que compareceu em Nairobi, mostrou toda a sua satisfação "não apenas pela declaração, mas também pela maneira como se realizou. Após a declaração de reconhecimento do flamenco, delegados de muitos países vieram nos felicitar. Eram delegados do Paraguai, México, Japão, Brasil, Coréia do Sul, Portugal, Indonesia...", rememorou Plata.
A candidatura do flamenco foi promovida pelos Governos autonômicos da Andaluzia, Extremadura e Múrcia. O presidente da Junta da Andaluzia, José Antonio Griñán, assinalou que seu Governo "lutou por este reconhecimento", pois acredita "nos grandes valores que emanam do flamenco. A multiculturalidade, a tolerância, a transmissão de geração para geração, o reconhecimento da tradição e o respeito pelas minorias estão patentes de forma exemplar nas músicas, letras e nas coreografias desta nossa arte", expôs Griñán. Ele anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar a inclusão do flamenco no sistema educativo andaluz.
O mundo da arte jonda mostrou toda a
sua alegria com relação à declaração da Unesco. O cantaor Fosforito, que
é o presidente do conselho acessor de especialistas da Agência Andaluza
para o Desenvolvimento do Flamenco foi eloquente: "É um dia histórico. É
um reconhecimento da dignidade do flamenco. O flamenco é conhecido em
qualquer canto do mundo, mas este é um reconhecimento oficial. A Unesco
põe um selo de dignidade no flamenco". O cantaor ainda se recorda dos
tempos em que a arte jonda "estava um pouco denigrida".
A cantaora Esperanza Fernández resumiu seus sentimentos: "Sou a pessoa mais feliz do mundo. Ao ser Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o flamenco vai ser muito mais conhecido e as pessoas irão se interessar mais pelo flamenco".
A cantaora Esperanza Fernández resumiu seus sentimentos: "Sou a pessoa mais feliz do mundo. Ao ser Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o flamenco vai ser muito mais conhecido e as pessoas irão se interessar mais pelo flamenco".
O mero fato de sair na imprensa mundial e de que haja gente que o veja e o escute, já
me parece ótimo", disse o bailaor
Javier Latorre. E artistas como José Mercé, Moraíto Chico ou El Pele
também elogiaram a decisão da Unesco. Porém, como afirma o guitarrista
Moraíto Chico: "o flamenco sempre foi patrimônio da humanidade". A
Unesco apenas colocou-o em letras maiúsculas ao torná-lo oficial.
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